História contada pelo autor; um Itapebiense
Itapebi 63 anos de emancipação política
Imagens Reprodução
A memória dos meus olhos lembra-se de muitas coisas da minha infância e juventude em ITAPEBI.
Sem poder contemplar a todos citarei algumas pessoas e situações que marcaram minha trajetória:
As primeiras duas viúvas de minha vida ,Tapuia e Celuta , que me abrigavam em suas casas e me permitiam ler os gibis de seus filhos ( Persival e Arnoldo e Carlinhos , Lourinho e Wilma) sem se incomodaram. Elas com a sua generosidade foram também minhas mães.
Seu Antonio Fogueteiro e dona Dezita , vizinhos e pais de Vanilda, Marizete, Lucinha e Jaime o "Mudo" .Seus doces de leite e seus "cachimbos e macaquinhos " ,vendidos na venda do Haway, onde trabalhava "Bino" (Bernardino Bispo dos Santos) eram as guloseimas mais gostosas que conheci.
Zé de Panta , passador do nosso Jequitinhonha que morava com sua mulher e diversos filhos (Zezitão, Carmerino Castelo e outros) às margens nosso rio.
Vários “ganhadores “(trabalhadores braçais que transportavam sacos de cacau e mercadorias diversas das canoas para as vendas, lojas e depósitos)”“. Sem poder lembrar-se de todos cito "Sapatina e Buião”.
Silvio Tosto , um italiano com alma de brasileiro que nos contemplava semanalmente com filmes no Cine ITAPEBI.
Figuras populares, tais como Joana Picó, Zé da Chira, Preto Cego, Mariinha, Vitório Graça,Chica, Maria Neta .
Dona Niquinha (Vó Quinha) mãe de Cleide Cardoso, Afrânio, Dudu Tico e Norma, uma emérita contadora de histórias da Carochinha.
Doutores Edgard e Hermes Siquara da Rocha, nossos bons médicos .
Professora Nadir Simões GUERRIERI e seu esposo Rafael , pais de Ana Georgina, Adroaldo (Dó), João "Goiabeira ", Julieta, Luzia e Nieta, meus amigos e amigas.
Valdomiro, sineiro e guardião da nossa Igreja, que saia conduzindo a Cruz de madeira à frente das nossas procissões.
Oscar Lemos da Farmácia e "comadre" Hilda e todos os seus filhos que homenageio citando meu AMIGO/IRMÃO Coby.
Os valorosos times de futebol ( ITALVA,América, BAHIA, Ypiranga e Escola) que sem puder citar a todos os jogadores vou só falar em Cauby , Edmundo, Rosalvo e meus amigos Zé Cangalha e Moacyr Pelego .
Nossa Filarmônica com seus diversos maestros e músicos (Jesuíno , Rosalvo, Raulino, Heron, Raimundo Nonato , Deí, Odilon , os filhos de Simões, Massú , João de Lila.
Os donos de bares ( Demétrio Guerrieri, Adony e Cauby, Zé Praxedes, Toinho de Juquinha e OUTROS)
Seu Zequinha de Itagimirim, o dono das barquinhas e cadeirinhas que eram armadas durante as festas natalinas na Praça do Haway e que deu de presente a minha irmã, Maritânia, o nosso cachorro Bolinha.
João Conceição, O João "Doze”, comerciante que nos trazia de Salvador macãs, peras, salames e até pipocas. Dionísio "Maleiro ",amigo de meu avô João Baptista Suzart, que tinha uma quitanda ao lado da farmácia. Ele e sua esposa Dona Lina. Deí e Isaias do açougue.
Seu Antonio Branco, vizinhos e ferreiro da cidade.
Dona Brasilina, a quem homenageio a todas as costureiras da cidade, avó do meu amigo Gonzalito.
João Cordeiro, Mestre de obras na reconstrução da nossa Igreja Matriz ( Nilton Pedreiro tb trabalhou nela) e sua mulher Naninha, pais de Nazinha que cuidava de mim quando criança e esposa de Orlando Melgaço, outra pessoa que faz parte da minha vida.
Os administradores da nossa cidade, iniciando por Deiró Tanajura, Clóvis Stolze Jesuíno Almeida ( homem íntegro) e Janí ( pai de meu amigo Eugênio "Xangai " Avelino ) e Rocho Cachoeira.
Minha Vóvó Maria "Preta" , parteira de todos lá de casa, "Nega" Ana, que foi ainda criança cuidar de nós, "Fulô" nossa cozinheira por muitos anos.
Heroino, filho de D Emília e irmão de Jaime do Banco , um dos primeiros intelectuais que conheci.
Todos os meus amigos da turma do Haway e do Sempre Verde.
A todas as raparigas do Cavaco, meu eterno respeito.
A todas àquelas meninas que amei secretamente ou não, vocês me fizeram melhor do que sou.
Muito teria mais a dizer, mas por hoje basta.
Por: Emílio José Suzart
ItapebiAcontece