Cidadania, os dois lados da moeda.

03 de Outubro de 2012 08h10

Darcles Andrade, Administrador de Empresas, com extensão em Responsabilidade Social

Twitter: @ItapebiAcontece

No próximo dia 07 de outubro, muitos brasileiros vão realizar um grande exercício de cidadania: escolher os seus representantes políticos (vereadores e prefeitos) através do voto direto. Ao tirar o título de eleitor (alistamento eleitoral), o cidadão se torna apto a exercer esse direito de escolher seus representantes. É um momento oportuno para a gente pensar um pouco mais sobre cidadania. 
A cidadania é definida como uma qualidade do cidadão. Neste caso, é fundamental esclarecer que por cidadão devemos entender o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este estado. Em outras palavras, podemos dizer que a cidadania é um conjunto de direitos políticos que permite ao indivíduo participar direta ou indiretamente da formação do governo e da administração do município, do estado e do país. Isso significa que podemos participar diretamente do processo ao votar ou indiretamente, concorrendo a um cargo público.
A história da cidadania se confunde com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania é considerada por muitos como um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que lutam por maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, por mais direitos.


Darcles Andrade de Oliveira

Acredito que ser cidadão significa ter consciência de que temos direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é apenas um dos lados da moeda, porque cidadania pressupõe também deveres. Como cidadãos, precisamos também ter consciência de nossas responsabilidades como parte integrante da coletividade.
Exatamente como no processo da eleição, a contribuição de cada um de nós é fundamental para assegurar que possamos atingir o objetivo final coletivo: o bem comum, a justiça no sentido mais amplo. Ao votar, nos tornamos responsáveis pelos destinos do nosso município, do nosso estado e do nosso país. Afinal, os representantes são escolhidos com o nosso voto.
Para escolher com responsabilidade nossos vereadores, antes de tudo é preciso ter consciência do papel que esse representante desempenha. Cabe ao vereador, por exemplo, discutir as questões locais e fiscalizar os atos do Executivo Municipal (prefeito) com relação à administração e gastos do orçamento.
É preciso que cada eleitor, como cidadão, tenha consciência da importância do seu voto. É fundamental analisar as conseqüências dessa escolha. Quando elegemos um vereador, estamos escolhendo uma pessoa para trabalhar pela melhoria da qualidade de vida da população, para elaborar leis e servir de mediador entre nós e o prefeito. Isso significa dizer que é uma escolha séria e que nos torna co-responsáveis pelos seus resultados.
Já o prefeito é a autoridade política mais importante do município. Ele é o responsável pela administração dos serviços públicos da cidade, principalmente dos recursos que o município recebe. Compete ao prefeito cuidar para que a limpeza das ruas e os programas de assistência social, entre outros, sejam executados de forma eficiente. Para isso, ele vai nomear secretários, que cuidarão de aspectos específicos através das secretarias municipais (como a secretaria de fazenda, da educação, da saúde ou de esportes, por exemplo).
O voto é considerado um dos maiores exercícios da cidadania no Brasil, portanto temos que ser conscientes e responsáveis ao escolher nossos representantes. Digo isso, não só como cidadão, mas, principalmente, como pai. Afinal, quem tem filhos com certeza muda e amplia as preocupações com o futuro. Deixa de ser só uma questão de segurança, de realização de sonhos e de conquistas profissionais. Quando temos filhos, queremos construir um futuro digno. A gente quer que eles (os filhos) se tornem plenos cidadãos, capazes de transformar esse mundo num lugar melhor. E para isso, temos não só que falar, ensinar e mostrar. Precisamos nos tornar exemplos constantes.

Darcles Andrade  Oliveira
 

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