Briga entre vizinhos por barulho deixa três mortos

Geral
24 de Maio de 2013 18h05

A viúva explicou à polícia que Neto estava em um processo de deterioração mental por conta da síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que o marido descobriu ter no ano passado. Ele passava ao menos cinco dias por mês no hospital e tomava morfina três

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Uma briga entre vizinhos em Santana do Parnaíba, Grande São Paulo, acabou com três pessoas mortas na noite de quinta-feira, 23. Vicente D'Alessio Neto, dono de uma metalúrgica, se desentendeu com os moradores do andar de cima, pegou um revólver calibre 38 e matou o casal que morava ali, por volta das 21h. Em seguida se matou no elevador do prédio, que fica na Avenida Marcos Penteado Uchôa Rodrigues, em um condomínio de luxo no bairro de Tamboré. O caso foi registrado na Delegacia de Santana de Parnaíba.

Segundo a polícia, Neto disparou seis tiros, matando Fabio de Rezende Rubim, que era subsíndico do prédio, e a mulher, a dentista Miriam Cecilia Amstalden Baida - ela completaria 38 anos nesta sexta-feira. O empresário desceu para o próprio apartamento, recarregou a arma e se matou. A filha de um ano e meio das vítimas estava na apartamento na hora do ataque, mas não ficou ferida. Ela está com a avó.

O Estado apurou que o crime aconteceu depois de uma desavença entre as vítimas e Neto. Rubim, que morava no 12º andar, teria ligado para o síndico para reclamar do barulho vindo do apartmento do empresário, no andar debaixo. Neto pegou a arma e subiu para tirar satisfação. Baleou primeiro Rubim, que ainda tentou fechar a porta da entrada, e depois Miriam, já dentro do apartamento. A mulher de Vicente apresentou uma outra versão em depoimento à polícia. Disse que o marido havia chegado em casa por volta das 20h e estava assistindo televisão quando se irritou com o barulho no 12º andar. Ela conta que ele gritou com os vizinhos da sacada e decidiu ir até o apartamento do casal.



A mulher afirmou que tentou impedir o marido de sair como revólver, que era registrado, mas não conseguiu. Ela relatou que enquanto o marido recarregava a arma, na sua frente, disse que "tinha acabado com o casal" e que "tudo estava por conta dela" a partir de então. "Ele estava com a arma apontada para a esposa, por isso ela achou que seria morta também", informou um policial da Delegacia de Santana de Parnaíba, que teve acesso ao depoimento.

De acordo com  o policial, havia antecedentes de desentendimentos entre os vizinhos e eles trocavam farpas pelo livro de registro de ocorrências do edifício.

A viúva explicou à polícia que Neto estava em um processo de deterioração mental por conta da síndrome de Guillain-Barré, doença autoimune que o marido descobriu ter no ano passado. Ele passava ao menos cinco dias por mês no hospital e tomava morfina três vezes por dia por causa das dores intensas.

Até as 10h, apenas a mulher de Neto havia sido ouvida. O síndico do condomínio e outras testemunhas devem ser chamados para depor ao longo do dia.

ItapebiAcontece/Estadão

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