Caetité: 'Tem que reaproveitar', diz moradora que raciona água há 3 anos
Caetité, no sudoeste da Bahia, enfrenta racionamento desde 2012. Devido à falta de chuva, postos artesianos e manaciais estão secos.
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"A gente procura reaproveitar ao máximo a água do dia". Essa é a solução encontrada pela professora Gisele Lima, moradora de Caetité, na região sudoeste da Bahia, para enfrentar o racionamento de água que já dura três anos na cidade. Devido à falta de chuva e à seca de postos artesianos e manaciais, a professora e outros 47 mil moradores precisam economizar ao máximo para não ficar sem água em casa.
Cidade de Caetité foi dividida em dois setores.
(Foto: Divulgação / Embasa)
A cidade foi divida em duas zonas, sendo que cada uma recebe água quatro dias sim e quatro dias não. E um calendário de abastecimento, com dias alternados, foi criado e distribuído aos moradores.
Na casa de Jucimara Ferreira, também professora, as torneiras também estão secas. Ela armazena o que pode em um tanque e em tonéis. "A gente chega a ficar de 14 a 15 dias se água. E temos que comprar água mineral para beber e cozinhar"."A água de enxague de roupa a gente utiliza para jogar no banheiro e na garagem ou para tirar o pó da casa", afirma a professora, que armazena água limpa, para banho, em vários recipientes.
O gerente regional da Empresa Baiana de Água e Abastecimento (Embasa), Paulo Ledo, afirma que o problema que afeta a cidade desde 2012 é por conta da seca. "Com essa irregularidade das chuvas e essa seca, os manaciais e portos artesianos chegaram ao colapso", destaca. O racionamento de água só deve acabar quando a adutora do São Francisco, a "Adutora do Algodão", estiver funcionando. A previsão é que o sistema passe a operar em julho de 2015.
ItapebiAcontece / G1