Desordem moral: 'Chegamos ao fundo do poço', diz líder maçônico
O líder da federação maçônica da Bahia chegou à cidade na terça-feira e aqui permanecerá até o domingo, fazendo contatos e revendo companheiros da Loja Maçônica Fraternidade 5 de Novembro e das lojas de cidades circunvizinhas.
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Sílvio Cardim, Grão Mestre da Oriente da Bahia |
Cumprindo agenda na Costa do Descobrimento, organizando os preparativos para o congresso maçônico a ser realizado em Porto Seguro, em novembro próximo, Sílvio Cardim, Grão Mestre da Oriente da Bahia, está em Eunápolis.
O líder da federação maçônica da Bahia chegou à cidade na terça-feira e aqui permanecerá até o domingo, fazendo contatos e revendo companheiros da Loja Maçônica Fraternidade 5 de Novembro e das lojas de cidades circunvizinhas. No sábado à noite, como último compromisso, Cardim prestigia as solenidades de iniciação de cinco novos maçons.
Como única atividade externa, o Grão Mestre teve um encontro com a imprensa eunapolitana na sede da loja 5 de Novembro, na manhã desta sexta-feira (28), quando concedeu entrevista coletiva e numa espécie de mesa redonda falou sobre os ideais maçônicos e debateu, com representantes da imprensa, ideias e problemas da sociedade de uma forma geral.
Difundindo os princípios maçônicos, o líder baiano e membros das lojas maçônicas Fraternidade 5 de Novembro e Fraternidade Itabelense falaram do trabalho secular da instituição em defesa da liberdade, igualdade e fraternidade.
Destacaram ainda o retrocesso social e humano que tem havido especialmente no Brasil, pela perda desses mesmos valores, que tem resultado no crescimento constante da criminalidade, da corrupção, na desagregação da família e da sociedade de uma forma geral. 'Chegamos ao fundo do poço', disse Cardim, ao explanar sobre a necessidade de haver uma mobilização da sociedade civil visando por um fim a essa desordem moral que toma conta do país.
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Venerável da loja maçônica local, Sílvio Romero |
O venerável da loja maçônica local, Sílvio Romero, destacou problemas existentes na microrregião, como a falta de representatividade política e a dificuldade que a sociedade enfrenta para se organizar e formar novos líderes. 'E esse é um papel precípuo da maçonaria”, destacou Aldair Neder, um dos coordenadores da maçonaria na microrregião.
Outro coordenador regional, o ex-venerável da Loja Maçônica Fraternidade Itabelense, Emerson Vasconcelos, relatou experiência vivida recentemente pela entidade maçônica de Itabela na organização da sociedade civil local.
Por sua vez, membros da imprensa expuseram também pontos de vista e sugestões, que foram bem recebidas pelos representantes das lojas maçônicas e consideradas como possíveis bandeiras para a ação da instituição na região.
Ao final do evento, o venerável Sílvio Romero afirmou que esse tipo de debate é muito positivo, pois, com ele, 'melhoramos o nosso senso crítico; é normal, como os debates filosóficos que fazemos aqui na loja maçônica'.
Por sua vez, o Grão-Mestre fez uma breve avaliação do encontro com a imprensa: 'Aqui debatemos muitos assuntos de interesse social, o que para nós é mais uma ajuda, porque vocês despertaram, mais ainda, aquilo que a gente quer fazer, nos propomos a fazer', sintetizou Sílvio Cardim.
Itapebiacontece/Radar64