Graça Foster deixa a presidência da Petrobras, diz jornal

Geral
03 de Fevereiro de 2015 12h02

Dilma ainda não teria encontrado um substituto para Graça. Segundo a Folha, a escolha de um novo presidente para a Petrobras começou na semana passada e envolve figuras de peso no Planalto, como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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Maria das Graças Foster está de saída da presidência da Petrobras, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A decisão já teria sido comunicada pelo Palácio do Planalto à executiva. De acordo com o jornal, a presidente Dilma Rousseff resistia à troca, por entender que Graça servia de anteparo para isolá-la do escândalo de corrupção descoberto pela Polícia Federal, durante a Operação Lava Jato.

Em contato com a reportagem da DINHEIRO, a assessoria de imprensa da companhia não negou, nem confirmou, a informação, limitando-se a solicitar o envio de um e-mail para posterior apuração. Segundo a Folha, a gota d´água para a saída de Graça seria a divulgação, na semana passada, do balanço não auditado, referente ao terceiro trimestre, com um atraso de dois meses em relação ao prazo legal. A presidente teria se irritado, particularmente, com a divulgação de que o sobrepreço nos projetos da empresa poderia atingir até R$ 88 bilhões – um valor que surpreendeu o mercado e parte do governo.

O próprio Ministério Público Federal, que recolhe os depoimentos das delações premiadas de envolvidos no esquema, trabalha com uma cifra menor – ao redor de R$ 2 bilhões a R$ 4 bilhões.




Dilma ainda não teria encontrado um substituto para Graça. Segundo a Folha, a escolha de um novo presidente para a Petrobras começou na semana passada e envolve figuras de peso no Planalto, como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Haveria, porém, muita resistência por parte das pessoas sondadas, devido à situação da petroleira. Desmantelar o esquema de corrupção relevado pela Polícia Federal e isolar a companhia de interesses políticos é apenas uma parte da missão do eventual novo ocupante da cadeira de Graça.

Caixa apertado

Do lado operacional, a Petrobras sofre com a queda do preço internacional do petróleo. Se, por um lado, o fato lhe dá fôlego de caixa, já que a empresa ainda é uma importadora líquida de petróleo, por outro, o recuo do preço também arrasta a cotação de venda de seu próprio petróleo pesado no mercado mundial. Além disso, a companhia já havia apontado que a exploração comercial do pré-sal só seria viável, com cotações do barril ao redor de US$ 70 – atualmente, a cifra é de US$ 50.

Além disso, a empresa enfrenta outros dois desafios. O primeiro é conter o elevado endividamento bruto. As agências de classificação de risco já alertaram para a possibilidade de cortarem a nota da Petrobras, a ponto de tirar seu grau de investimento. Se isso acontecesse, o acesso ao crédito, para a companhia, seria dificultado. Tudo em um momento em que a empresa precisa fazer frente a cifras bilionárias de investimentos – pelo menos, US$ 30 bilhões neste ano.


ItapebiAcontece / Folha de São Paulo

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